
Há alguns anos, ter um cartão que gerava 2 pontos a cada dólar gasto significava estar no topo da pirâmide. Essa costumava ser a pontuação máxima oferecida, com poucas exceções que entregavam algo a mais.
Hoje, essa pontuação é apenas mediana, mas ainda é o padrão entre os cartões de alta renda da maioria dos bancos. No entanto, é cada vez mais comum encontrar cartões com pontuação superior, especialmente nas versões mais exclusivas, que chegam a oferecer entre 3 e 5 pontos por dólar.
A inflação do dólar
O que muitos não percebem é que essa pontuação maior não representa, necessariamente, um benefício. Na prática, ela apenas compensa a perda do real frente ao dólar ao longo dos últimos anos.
Em 15 maio de 2015, o dólar era negociado a R$ 2,98. Já em 16 de maio de 2025, a cotação estava próxima de R$ 5,66. Isso representa uma variação de aproximadamente 90%. Ou seja, com o mesmo volume de gastos, seu cartão hoje pontua quase a metade do que pontuava dez anos atrás.
O cliente perde, o banco ganha
Muita coisa mudou no cenário político e econômico, no Brasil e no mundo, o que ajuda a explicar essa variação cambial. Com todas essas mudanças quem perdeu foi o cliente, que viu seu cartão pontuar menos ao longo do tempo.
Os bancos creditam os pontos com base na cotação do dólar. Isso significa que, quanto mais alto o dólar, menos pontos o cliente recebe. Na parceria com os programas nacionais, onde os contratos são realizados em real, essa dinâmica acelera o lucro das empresas, que distribuem menos pontos.
Já nos programas internacionais, o custo acompanha a variação da moeda. Por isso, vimos recentemente várias mudanças negativas, como a piora na paridade, o fim de contratos e o aumento nas exigências de cartões, como o Santander AAdvantage.
Conversão defasada
Hoje, um cartão que oferece 2 pontos por dólar só teria equivalência com o padrão de 2015 se entregasse cerca de 3,8 pontos por dólar. Toda essa diferença representa ganho para os bancos e prejuízo para o consumidor.
Opinião do Marcos Paulo
Atualmente, existem cartões com boas pontuações. No entanto, os custos e exigências para aprovação e manutenção são elevados. Isso deixa como alternativa os cartões que pontuam entre 2 e 2,5 pontos por dólar gasto.
As anuidades aumentaram, o valor dos pontos nos programas de fidelidade caiu, mas a conversão continua estagnada. É urgente uma revisão nesse modelo.
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