

Viajar sempre fez parte do meu trabalho. Desde 2010, quando fundei o Falando de Viagem, me tornei, na prática, um viajante profissional. São 16 anos rodando o mundo, estudando rotas, programas de fidelidade, produtos bancários e tudo o que envolve viajar melhor. Ainda assim, 2025 foi um ponto fora da curva. Um ano em que bati todos os meus próprios recordes: 91 voos ao longo do ano.

Sim, é muita coisa. É incrível, mas também é cansativo. E não, viajar assim não é “barato”, mesmo usando milhas. É investimento. Exige estratégia, planejamento, tempo e dedicação. Foram horas e horas pesquisando, comparando, ajustando datas, cancelando, remarcando e emitindo de novo. Em troca, consegui elevar o nível das viagens: 20 voos em Classe Executiva e 2 em Primeira Classe, além de uma quantidade absurda de voos domésticos, quase todos a trabalho, cobrindo eventos, reuniões e lançamentos do setor.
Nos voos nacionais, a GOL acabou sendo minha principal escolha, com 50 voos no ano. Gosto muito da Azul, mas quem viaja com frequência sabe: ou é excelente no preço ou completamente fora da realidade. Já a LATAM… sigo evitando. A postura da empresa, especialmente o discurso do CEO, vai na contramão de tudo o que acredito sobre relacionamento com cliente e respeito ao passageiro.
Não passei pela África nem pela Oceania em 2025, mas 2026 já começa com África do Sul confirmada. Voltei às Maldivas para férias, porque alguns lugares simplesmente não cansam, e esse é um deles. Estive nos Estados Unidos, que sempre me agradam, passei pela Europa, conheci Ushuaia, o fim do mundo, me assustei com os preços de Buenos Aires, me apaixonei, mais uma vez, pela Tailândia, vivi dias incríveis nas Bahamas e ainda aproveitei para fazer ótimas compras em Houston.
Nem tudo saiu exatamente como planejado. Cancelei algumas passagens, deixei de viajar para ver o FIFA Club World Cup 2025 com o Lipe, adiei alguns planos e antecipei outros. Mas também tive momentos únicos, como emitir a Qsuite de última hora e mostrar ao meu filho, na prática, o que é considerada a melhor Classe Executiva do mundo. Essas experiências não têm preço.
Conheci, ao longo do ano, o que considero hoje as três melhores salas VIP do Brasil: Terminal BTG Pactual, Taste of Priceless e Visa Privilege Lounge. E fechei dezembro de um jeito especial: férias em Madrid, realizando três sonhos do Lipe de uma vez só, conhecer a cidade, fazer o tour no Bernabéu e assistir a um jogo do Real Madrid praticamente à beira do campo.
Agora, escrevo isso de Nova York, onde passo o Réveillon com a família, em uma viagem de duas semanas para recarregar as energias e voltar com tudo em 2026.
No fim das contas, não é sobre a quantidade de viagens, nem sobre números ou estatísticas. É sobre a intensidade de cada experiência e as memórias que você constrói com quem está ao seu lado. Que em 2026 você consiga realizar todas as emissões que deseja, viajar mais e melhor, e que possa contar comigo nesse caminho, sempre que precisar.
A gente se encontra em uma sala VIP mundo afora.


