Quando eu viajo de avião tenho sempre duas preocupações: se a bagagem será extraviada e se a mala chegará inteira ao destino final. No meu último voo com a Azul Linhas Aéreas as duas coisas aconteceram, mas vou falar exclusivamente do dano com a minha mala.
Fiz o voo de Fort Lauderdale (FLL) para Belo Horizonte (CNF) na Classe Executiva. A franquia de bagagem é de 3 malas por passageiro. Como éramos 3, despachados 6 malas:
- 1 foi danificada;
- 1 foi extraviada;
- 4 chegaram sem problemas – só com os arranhões de sempre.
A mala danificada teve um corte grande, parecendo até proposital (uso de navalha) pela perfeição que foi feito. O conteúdo não chegou a ser acessado, mas deixou a mala inutilizada. A mala é da marca Guess, de excelente qualidade.
Depois de ficar quase 1 hora na esteira, esperando a mala que nunca chegava, ainda fiquei mais 40 minutos na fila da Azul para ser atendido e abrir a reclamação do dano. Mesmo viajando em Classe Executiva, e sendo TudoAzul Diamante, não havia prioridade nenhuma.
A funcionária da Azul analisou o dano por 1 segundo e definiu o valor de R$ 600,00. Sério: um segundo. Foi o tempo dela olhar para a mala e pronto. Viu de longe, não tocou, e sequer procurou entender a gravidade do dano. Foi no chutômetro mesmo.
O voucher é uma estratégia que a Azul adota para evitar processos judiciais. Ele tem validade de apenas 3 meses, ou seja, você é obrigado a emitir uma passagem aérea para não perder o valor. Muitas pessoas acabam revendendo o voucher para tentar diminuir o prejuízo, criando uma mercado paralelo.
Também me ofereceram a opção de conserto de mala. Nesse caso, eu deveria ir até o aeroporto entregar a mala, esperar o reparo, e ir novamente buscar. O custo do deslocamento de ida e volta duas vezes, além do estacionamento e combustível, além das minhas horas de trabalho, não fazem essa ser uma opção plausível. Além disso, fica a dúvida se o serviço será bem realizado (acredito que não).
Em uma busca na Amazon, uma mala grande igual a danificada custa R$ 4 mil, como você pode ver clicando aqui.
Como resolver o problema?
Nesse caso, eu vou abrir uma reclamação no Consumidor.gov.br para ver o que irão oferecer. Caso não fique satisfeito, irei acionar a companhia aérea na justiça. Prefiro sempre tentar um acordo, mas se não for bom não me restará outra opção.
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