Itaú avisa que compras internacionais custam até 12,5% a mais

O Itaú nunca foi transparente em relação ao spread cobrado nos seus cartões de crédito. Inclusive, eu posso afirmar que a imensa maioria dos clientes não sabe que existe essa taxa. É a tática do banco para lucrar muito em todas as suas compras internacionais.

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Fiquei surpreso ao receber um e-mail do banco informando sobre os custos da operação. No e-mail, ele chama o spread de taxa de conversão cambial, e avisa que o total será 12,5% mais caro do que o informado nos estabelecimentos que mostram o valor em reais.

Veja o e-mail:

“Olá!

Vimos que você fez uma compra internacional em real com o seu cartão LATAM Pass, com final 0443, no dia 19/09/2023, e gostaríamos de relembrar algumas informações importantes!

Embora os estabelecimentos mostrem o valor da compra em real, isso é apenas uma estimativa. Por ser uma compra internacional, o valor final que aparecerá na sua fatura será diferente, pois já considera a cotação da moeda no dia da compra e a taxa de conversão cambial, somada ao valor do IOF (5,38%), que é a taxa do imposto pago ao realizar compras no exterior com o cartão de crédito.

Lembre-se: o valor final da compra, que é o apresentado na fatura, fica aproximadamente 12,5% maior do que o estabelecimento informa.”

Explicando melhor:

• Você vai pagar o valor da compra;
• Você vai pagar o spread cobrado pelo Itaú;
• Você vai pagar o IOF de 5,38%.

O spread o banco define o valor ao seu bel-prazer. Pode ser zero, como acontece nos cartões de crédito das cooperativas de crédito, e pode chegar até 6% em alguns bancos. No caso do Itaú, pelos cálculos que eu faço, fica em torno de 5,5% de spread. Por isso, jamais recomendo os cartões do banco em compras internacionais.

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