
Isso nunca tinha me acontecido antes, mas aconteceu no dia 29 de dezembro de 2025, no meu voo com a American Airlines rumo a Nova York. Eu viajava com o Lipe, meu filho. Fizemos o check-in normalmente, tudo rápido, sem qualquer alerta. Em seguida, fomos para o Admirals Club enquanto aguardávamos o embarque.
De repente, veio um aviso no lounge chamando “Gabriel Dias e Felipe Dias” para a recepção. Fui até lá e a funcionária explicou que o check-in do Lipe havia “caído”. Fiquei sem entender. Ela disse que havia surgido algum problema relacionado à imigração e que seria necessário enviar foto do passaporte e do visto americano dele, pois a supervisora estaria aguardando essa validação no portão de embarque.
Fui até o portão já preocupado. Ao chegar, a supervisora informou que estava tudo certo, que já havia enviado um e-mail e que o embarque estava liberado. Não deu muitos detalhes e seguimos aguardando.
Embarque
Na hora do embarque, meu cartão passou normalmente, mas o do Lipe teve o embarque negado. Voltei até a supervisora e ela explicou que seria necessário que alguém da American Airlines ligasse para a imigração para liberar o embarque dele. O procedimento levou cerca de 15 minutos.
Durante a espera, um funcionário comentou que situações como essa começaram a acontecer com mais frequência neste ano, inclusive com bebês, mas sem saber explicar exatamente o motivo. No fim, fomos liberados e embarcamos.
Imigração em Nova York
Ao chegar em Nova York, enfrentamos uma fila grande na imigração e aguardamos cerca de 45 minutos para sermos atendidos. As perguntas foram as de sempre, mas notei que o oficial mexia bastante no computador. Ele me devolveu meu passaporte e ficou analisando o do Lipe por mais tempo, até soltar um “uau” e apertar um botão vermelho, chamando outro oficial.
Isso significou uma segunda verificação, a famosa “salinha”. Eles ficaram com o passaporte do Lipe, enquanto eu permaneci com o meu. A sala estava cheia e imaginei que a espera seria longa, mas em menos de 5 minutos fomos chamados. Fizeram novamente as perguntas de rotina, o oficial digitou bastante no computador, devolveu os passaportes e disse que estava tudo liberado.
O motivo exato nunca foi explicado. O visto do Lipe estava intacto, sem qualquer apontamento, o que indica uma checagem extra de documentação ou algum falso positivo do sistema, talvez por coincidência de nome ou cruzamento automático de dados. Considerando que eu tenho Global Entry e que uma criança não costuma gerar alertas, tudo indica que foi apenas isso.
No fim, deu tudo certo. Mas não dá para negar: foi tenso.

