Relato: Aeroportos VIP Club Internacional em Brasília

O Aeroporto de Brasília (BSB) é um dos mais movimentados do país e vem crescendo bastante em voos internacionais, mas aparentemente a estrutura do terminal para esta demanda não tem acompanhado a evolução. Não é muito comum recebermos relatos de utilização da sala VIP do embarque internacional por lá, mas recentemente o Ederson, membro dos nossos grupos de WhatsApp, infelizmente teve uma péssima experiência no local e nos enviou detalhes do acontecido.

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Conheço o aeroporto de Brasília há muitos anos. Por morar no Nordeste, ele frequentemente é uma opção estratégica para conexões tanto em voos domésticos quanto internacionais. Já passei por ali diversas vezes, mas nunca havia tido a oportunidade de acessar a sala VIP Club Internacional — minhas conexões costumavam ser curtas demais para isso.

Dessa vez, com um intervalo de mais de duas horas e meia, fui animado conhecer a sala. Após passar pelo controle de passaporte, percebi que o aeroporto estava bastante movimentado, com vários voos internacionais partindo no mesmo horário. Segui as placas em direção à sala VIP, empolgado e na expectativa de encontrar uma experiência no mínimo parecida com a da VIP Club Nacional, que é, inclusive, a maior sala VIP do Brasil e que considero de excelente qualidade.

A decepção começou logo na chegada. A sala internacional está localizada num espaço que mais parece um anexo improvisado. O acesso é feito por uma escada rolante que desce para um ambiente pequeno já visível da entrada. Imaginei que, internamente, o espaço pudesse se expandir — mas não. O que se vê da porta é exatamente o que há: um ambiente minúsculo, que contrasta fortemente com os 2.000 m² da sala doméstica.

O local é tão pequeno que dificilmente comportaria 60 pessoas com conforto. Se disserem que a capacidade é essa, com certeza não é sem aperto. O espaço é mal planejado, pouco funcional e, sinceramente, passa a sensação de um puxadinho.

A área de alimentação é outro ponto fraco. Um balcão apertado, com comidas e bebidas colocadas de forma desorganizada. Havia apenas uma pequena cumbuca com frios prensados, uma salada de frutas, um cuscuz com aparência duvidosa e uma salsicha ao molho de tomate visualmente pouco atrativa. Havia também alguns salgadinhos (como rissoles e enroladinhos) que estavam até gostosos, mas não salvaram a experiência.

Nas bebidas, faltava água de garrafinha. Cervejas e vinhos estavam amontoados dentro de um mesmo frigobar pequeno. E havia apenas uma máquina de café, o que gerava filas demoradas.

O banheiro foi outro ponto decepcionante: muito pequeno, com apenas dois boxes — um deles com descarga vazando sem parar. A limpeza era claramente insuficiente. O local de retirada do papel toalha confundia-se com o de descarte, dificultando saber o que era limpo ou usado.

Na saída, a frustração continuou. A escada rolante só funciona no sentido de entrada. Para sair, é necessário subir por escada comum. Havia um elevador, mas ele estava fora de serviço.

Foi, sinceramente, uma experiência bastante negativa. Para um aeroporto da importância de Brasília — capital federal do país —, é decepcionante que a sala VIP internacional tenha um padrão tão aquém. Tudo que foi bem pensado e executado na VIP Club Nacional parece ter sido ignorado na versão internacional. Uma pena.

Pelas imagens você pode perceber a desorganização do ambiente. No frigobar de água tinha apenas uma garrafinha de água com gás. As pessoas tinham que colocar seus pertences no chão, pois não tinha espaço adequado pra acomodação das pessoas e seus objetos.

Reparem no banheiro na última imagem: bem sujo! Fiquei decepcionada, pois assim como o Ederson sempre frequento a sala VIP nacional e o cenário é bem diferente e superior. Com certeza deveriam ter o mesmo cuidado no embarque internacional, e espero que esse relato seja um incentivo para que as coisas melhorem por lá.

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