
A Azul Linhas Aéreas anunciou nesta quarta-feira um passo decisivo em sua reestruturação financeira ao firmar acordos com seus principais credores e parceiros estratégicos, incluindo a AerCap, United Airlines e American Airlines. Para implementar as medidas acordadas, a companhia deu início a um processo de Chapter 11 – instrumento legal norte-americano que permite a reorganização financeira sob supervisão judicial, sem interromper as operações.
O plano da empresa prevê a eliminação de cerca de US$ 2 bilhões em dívidas, além de US$ 1,6 bilhão em financiamento na modalidade DIP (Debtor-in-Possession), que inclui US$ 670 milhões em capital novo para reforço de caixa. Ao fim da reestruturação, a Azul terá acesso a até US$ 950 milhões adicionais via investimentos que podem ser convertidos em ações, em grande parte oriundos de seus parceiros atuais.
Participação de United e American Airlines
A reestruturação conta com apoio formal da AerCap, maior arrendadora de aeronaves da Azul, e dos sócios estratégicos americanos. Os aportes financeiros previstos envolvem uma oferta de direitos de ações de até US$ 650 milhões e até US$ 300 milhões em investimentos diretos de United e American Airlines, sujeitos a condições.
Segundo a companhia, os voos continuam normalmente e todos os bilhetes, pontos do programa Azul Fidelidade e demais benefícios seguem válidos. O CEO da Azul, John Rodgerson, afirmou que o objetivo é tornar a empresa mais resiliente, com estrutura de capital otimizada após os impactos da pandemia e de desafios macroeconômicos recentes.
“Esses acordos marcam um passo significativo na transformação do nosso negócio”, afirmou Rodgerson. “Vamos emergir como uma companhia aérea robusta e líder no setor.”
Opinião do Marcos Paulo
Nos últimos anos, ficou evidente a piora nas contas da Azul. A recuperação judicial acabou se tornando um caminho inevitável.
Assim como aconteceu com a LATAM durante a pandemia e mais recentemente com a GOL, que vem conseguindo reorganizar suas finanças, há expectativa de que a Azul também consiga sair do processo mais forte.
A aviação brasileira precisa de companhias aéreas saudáveis para garantir bons serviços à população e manter a concorrência, o que contribui para a oferta de preços mais acessíveis.
A curiosidade em torno do processo gira em torno da participação da American Airlines, que é parceira de longa data da GOL. Será que veremos uma reviravolta nas parcerias?
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